Durante estes anos trabalhando na saúde pública e área social venho me deparando com um problema que já questionei e apontei em diversas situações (não só eu, mas vários artigos já foram escritos sobre isso), sobre a necessidade que as pessoas tem de fugir... da dor, da tristeza, das mágoas, da culpa... e até das alegrias.
Vocês irão me dizer: mas Jamille quem é que gosta de sentir tristeza, angústia, ansiedade...já ouvimos falar muito que precisamos evitá-las, crescemos sendo educados assim e a indústria farmacêutica sempre facilitou e oportunizou um dos caminhos (mais rápidos) para esta fuga.
Tá triste, toma um antidepressivo que passa...tá ansioso ...um ansiolítico fará milages...dor de cabeça...toma doril que passa...
Salvo os casos que realmente necessitam (pq muitas depressões são é devem ter como UM DOS tratamentos o antidepressivo, além de outras patologias que precisam ser tratadas com medicamentos), os demais são caracterizados como MEDO! E quem tem medo ...foge (ou enfrenta).
Bedito seja os que diante de tantos recursos de fuga ainda enfrentam e sabem que faz parte de nossa condição humana sofrer em alguns momentos, mesmo sem motivo. Já ouviram falar da angústia existencial?
Nos momentos de solidão ela pode aparecer, vai te fazer pensar e questionar sua vida, seus hábitos, suas escolhas... E vcs scham que isso não é saudável?
Só não é quando não passa... e permanece por dias a fios...
fora isso é extremamente normal ... quer um remédio?
não tenho ele pronto, mas posso fornecer uma receitinha que um dia me ensinaram e que funciona que é uma beleza: SENTE, INTENSIFIQUE, CHORE, QUESTIONE, DE CHURE EM ALMOFADA e pronto....deixa passar!!!!
SE as pessoas aprendessem a lidar melhor com os sentimentos não teria tanta gente se entupindo de remédios, drogas, jogos e tudo mais que represente a FUGA!
Pais e mães parem de ensinar as crianças que elas não devem chorar... ensinem que elas precisam sim, chorar e assim aprender a lidar com seus sentimentos.
Mas antes de tudo aprendam a por em prática esta lição!
Jamille Z. Secchi
